quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O macaco que tirou um homem do nariz.

Aconteceu num zoológico da China
E continua a intrigar quem raciocina,
Depois dessa anormal tarde de janeiro
Em que um macaco decidiu, do seu nariz
Assoar uma pessoa por inteiro.

Este insólito tornou-se um chamariz
Que se espalhou para fora do país
E ouviu-se contestar em todo o lado
É que o Mundo (o do ser inteligente)
Mostrou-se totalmente indignado.

Quem não ficou - e com razão - muito contente
Foi o símio, que se vê actualmente
Em prisão preventiva  até ao outono
Porque um humano não podia conceber
(Por questões relacionadas com o poder)
Que do seu nariz, um macaco fosse dono.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

As gazelas


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Passeio na calçada transparente
Que é palco teatral de zoologia
E persigo uma manada de gente
Durante o sol decente do meio dia

Entre outros animais que penso ver
Flutuam as gazelas aos saltinhos
Nos pés trazem agulhas de coser
Nas mãos carregam filhos - uns anjinhos

Deparo-me com este bicho estranho
Que devora uma montra ao pormenor
E diz à cria fora do rebanho
"Querida, não se afaste por favor"

A miudita, a correr, vem ter comigo
Eu, mero espectador de toda a cena
Desfaço-me em sorrisos como amigo

Enquanto pego a sua mão pequena
Dirijo-me à mamã que já lhe acena
E penso que as gazelas são um perigo