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Passeio na calçada transparente
Que é palco teatral de zoologia
E persigo uma manada de gente
Durante o sol decente do meio dia
Entre outros animais que penso ver
Flutuam as gazelas aos saltinhos
Nos pés trazem agulhas de coser
Nas mãos carregam filhos - uns anjinhos
Deparo-me com este bicho estranho
Que devora uma montra ao pormenor
E diz à cria fora do rebanho
"Querida, não se afaste por favor"
A miudita, a correr, vem ter comigo
Eu, mero espectador de toda a cena
Desfaço-me em sorrisos como amigo
Enquanto pego a sua mão pequena
Dirijo-me à mamã que já lhe acena
E penso que as gazelas são um perigo
E penso que as gazelas são um perigo
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