quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

No café


O quente fumegar dos meus sentidos
Que flutua no aroma do café
Desperta-me para os seres desconhecidos
Que trazem profissões em rodapé.

Há dois doutores. Conversam numa mesa.
Observo os caros fatos em debate
Enquanto uma empregada de limpeza  
Toma em pé a ração com que combate.

Despedem-se, apressados, três estudantes
Outros tantos entram rápido na fila
E com expressões que nunca ouvira antes
Comprimentam uma jovem que desfila.

O mais alto dos doutores sai distraído 
E na pressa choca com a mulher-a-dias
"Eu estou aqui!" Contesta o meu amigo
"Desculpa, estava noutra. O que dizias?"